Geralmente, os consumidores são manipulados pelas empresas e por suas propagandas, muitas vezes enganosas. Os mais conscientes - não muitos - costumam boicotar os produtos simplesmente não os comprando. Isso já faço há muito tempo. Porém, parece que novos ventos estão soprando, graças à Internet...
Na guerra dos preços dos e-books, a Amazon perdeu. Mcmillan, a editora, liderou a revolução com apoio do magnata Ruppert Murdoch. Enquanto Jeff Bezos, CEO da Amazon, havia limitado os preços dos e-books em US$9.99 (R$18,50) e as editoras reclamavam furiosas. Com a derrota da Amazon, entrou em campo "o consumidor guerreiro".
Grupos de consumidores que são leitores ávidos, e compram muitos e-books, estão se organizando através das redes sociais e não apenas boicotando os livros com preços mais altos, ou aqueles onde a editora demora a lançar a versão de e-book, para faturar mais com os livros de capa dura. Estão entrando nas avaliações dos livros de capa dura e fazendo indicações negativas com descrições que visam afastar leitores que eventualmente desejem comprar o livro: é guerra.
Depois da compra do meu Kindle tomei a decisão de não mais comprar livros em papel, e os motivos são vários:
1- Responsabilidade social: evitar derrubadas de árvores e destruição de florestas;
2- Ganhar mais espaço em casa, pois recentemente tive de fazer doações de livros, por falta de espaço;
3- Facilidade no transporte da minha biblioteca no Kindle;
4- Preço. Tome-se por exemplo o livro que estou lendo Duma Key do Stephen King tem um preço original na Livraria Saraiva de R$69,90 - o que paguei para o do meu filho - sendo vendido em promoção por R$48,80. O mesmo livro comprei na Amazon por US$9.99 (18,50) fazendo uma economia de R$51,40 sobre o preço original e de R$30,30 sobre o preço da promoção. Supondo que eu leia dois livros por mês e faça uma economia de R$20,00 por livro eu estarei economizando R$40,00 por mês. Como o meu Kindle com impostos e tudo custou R$1.000,00 eu conseguirei pagar o mesmo em 25 meses só com as economias que faço. Na verdade, o tempo é menos da metade, pois eu leio revistas importadas e tenho assinatura do O Globo, onde as economias são enormes - futuramente farei uma postagem com dados bem objetivos para analisar esses ganhos.
Minha intenção não chega a ponto de fazer falsas avaliações, pois não acho um comportamento correto, mas sem dúvida que pretendo boicotar livros a preços de US$14.99 (R$27,80). Como as alternativas de leituras são imensas, haverá sempre leituras interessantes por preços competitivos.
O New York Times publicou um artigo hoje sobre esse assunto - em inglês - leia clicando aqui.
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