segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
A competição sempre favorece o consumidor?
Bom, costumava-se pensar que sim. Quando duas empresas competem pelo dinheiro do consumidor costumam tentar oferecer o melhor pelo menor preço. Mas, o mundo está mudando...
Quando o consumidor tem o seu produto final oferecido por parcerias de empresas que precisam estar juntas para satisfazê-lo a coisa pode ficar diferente.
AMAZON: O CASO DOS EBOOKS
A Amazon era praticamente monopolista na venda de ebooks e prevendo concorrência futura, inteligentemente, tratou de pressionar as editoras para permitirem oferta de livros virtuais a preços de no máximo US$9.99.
Sem outro canal de distribuição de ebooks tão poderoso quanto a Amazon as editoras aceitaram, pois já viram que o futuro não existirá para quem não estiver neste mercado. Mas, não gostaram nem um pouco, pois estava nas mãos da Amazon.
Aí, surgiu a Apple com o seu iPad e um público cativo para ebooks e já vendendo bastante ebooks mesmo para a pequena tela do seu iPhone. A Apple, vendo que a Amazon já estava dona do pedaço e percebendo a insatisfação das editoras, resolveu dar liberdade de preços para as editoras, que logo decidiram que venderiam seus livros a preços entre US$12.99 e US$14.99. Este último preço representando um aumento de 50% sobre o preço praticado pela Amazon.
A primeira editora a encarar de frente a Amazon foi a Macmillan. As duas empresas se estressaram e a Amazon chegou a suspender a venda dos ebooks da Mcmillan durante um fim de semana. Mas, como a Mcmillan tem títulos muito desejados pelos leitores, a Amazon acabou cedendo. Agora vai permitir que os ebooks das editoras tenham seus preços majorados.
Assim, vemos que esse foi um caso típico de quando entra mais concorrência no mercado e o preço é aumentado. Algo diferente do que estamos habituados a ver. Mas, esse mundo vai ficando diferente a cada dia e precisamos aprender as novas relações que vão surgindo.
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