Uma associação norte-americana de defesa dos direitos dos animais denunciou o tratamento dado aos pintos machos no maior aviário de galinhas poedeiras do país, em que estes animais são cortados vivos ao ritmo de 150 mil por dia.
No portal online da organização "Mercy for Animals" (Compaixão pelos animais), um vídeo com imagens captadas por uma câmara escondida no aviário Hy-Line em Spencer, no estado norte-americano do Iowa, mostra centenas de pintos machos, com apenas um dia de vida, a serem atirados em massa para as passadeiras rolantes que os encaminham directamente para uma trituradora gigante.
Segundo a associação, os pintos machos são destruídos, à razão de 150 mil por dia ou 30 milhões por ano, porque não podem pôr ovos nem crescem com a rapidez necessária para que se possa explorar a sua carne de forma rentável.
Em comunicado, o grupo Hy-Line International, um dos líderes mundiais de produção de galinhas poedeiras, reconhece que o vídeo filmado entre o fim de Maio e início de Junho "parece mostrar práticas inapropriadas que transgridem a política de bem-estar dos animais" definidas pelo grupo.
"Lançámos de imediato uma investigação apesar de ser preferível que sejamos informados destas possíveis violações no momento em que elas acontecem", afirmou o porta-voz da empresa, Tom Jorgensen.
"Depois da nossa investigação, se se apurar que o nosso código ético foi violado, o funcionário ou funcionários envolvidos serão punidos", disse ainda a companhia, que detém sete aviários nos Estados Unidos e que diz possuir o maior 'stock' de galinhas poedeiras do mundo.
Segunda a "Mercy for Animals" (Compaixão pelos animais), "o desprezo cruel pelo bem-estar dos animais desta fábrica não é um caso isolado. As condições mostradas no vídeo são usuais e completamente aceites na indústria da produção de ovos".
A associação reclama que as 50 cadeias de supermercados mais importantes dos Estados Unidos ponham um aviso nas suas caixas de ovos, advertindo que "os pintos machos são cortados vivos pela indústria de produção de ovos".
VÍDEO EM INGLÊS, PARA O VÍDEO EM PORTUGUÊS, ACESSE O MEU TWITTER, OU CLIQUE AQUI Observação: O vídeo em inglês é bem mais completo do que a edição feita pelo UOL
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