segunda-feira, 28 de setembro de 2009
7 pecados capitais no trabalho
Por mais que você sofra de perfeccionismo, todos nós temos defeitos. Afinal, somos seres humanos. O erro é não admiti-los e, pior, não tentar corrigi-los. Segundo uma pesquisa da Konsult, consultoria em recursos humanos, 58% das demissões ocorrem por causa do mau comportamento dos funcionários. Ou seja, o profissional pode até ser impecável no quesito técnico, mas esbarra em problemas como falta de tato nas relações com o colega, acomodação, individualismo e até ausência de ética. Perguntamos a um time de consultores o que as empresas mais abominam em seu time. Siga os conselhos dos experts para não cometer nenhum desses pecados no trabalho.
Desinteresse
São pessoas que não vão atrás de soluções para os problemas. Presas à rotina, elas não buscam novos desafios. "As empresas estão com times enxutos. Antes os profissionais podiam se disfarçar nas grandes estruturas, hoje já não é mais possível", afirma Cristiane Gonçalves, gerente de recursos humanos da KPMG consultoria. Para ninguém ficar na acomodação, Francisco Brito, da Ray & Berndtson, empresa de headhunting, defende uma postura empreendedora. "Não importa o cargo, o profissional deve trabalhar como se a companhia fosse dele, assumindo os riscos. Alguns presidentes me contam que preferem o funcionário que erra a aquele que não faz." Mudar é apenas uma questão de atitude; vista a camisa.
Individualismo
O profissional tem a idéia errônea de que a informação é um poder. Atualmente, o que importa é o espírito de equipe. "A questão da estrutura muito rígida está desaparecendo e, com ela, as hierarquias. Hoje a empresa trabalha por projetos e precisa de um time coeso. O funcionário que não tiver o perfil de colaborador está fora do mercado", avisa Jorge Viani, consultor sênior da Hewitt Associates, empresa de recolocação. Para corrigir essa falha, Sofia Amaral indica a prática de um esporte coletivo ou de um trabalho voluntário. "Nos dois casos fica mais fácil enxergar que sempre precisamos de ajuda. Desenvolve-se uma visão de conjunto, assimilando o mundo de forma mais ampla e realista. Aprende-se, acima de tudo, a respeitar o outro."
Falha na comunicação
Como dizia Chacrinha, quem não se comunica se trumbica. "O profissional pode ser extremamente competente, mas, se não souber se expressar, como vai mostrar seus resultados?", argumenta Mauro Hollo, sócio da Konsult. O poder da oratória inclui também o marketing pessoal e a negociação. Vale tudo para se aperfeiçoar: cursos, livros e até treinar em frente ao espelho. Quem nunca levou um susto quando se viu filmado? "É importante também estar plugado no mundo. Ler jornais e revistas para poder falar sobre qualquer tema", ensina Sofia Amaral, sócia do grupo DM Recursos Humanos, especializado em seleção de executivos para grandes empresas.
Resistência às mudanças
Devemos aprender a trabalhar com situações novas. Estamos num momento de fusões e aquisições, precisamos ter a capacidade de reação a esses impactos. Um exemplo é a cervejaria Antarctica, que era uma empresa familiar. Os funcionários precisaram se adaptar quando virou Ambev e agora têm um novo desafio por causa da fusão com a belga Interbrew. "Se o profissional é bem informado, ele pode se antecipar aos fatos e se preparar", diz Francisco Britto, sócio-diretor da Ray & Berndtson. Se a companhia vai se tornar internacional e seu inglês precisa de um reforço, entre num curso hoje mesmo. Outro ponto é a versatilidade. Aquele que se arrisca em atuar nas diversas áreas é valorizado no mercado.
Ausência de ética
Atualmente, a integridade é muito avaliada pelas empresas. O resultado a qualquer preço não existe mais, principalmente depois de escândalos como o da Parmalat e o do Enron. Portanto, um discurso coerente com a prática são atitudes esperadas pelos chefes. "Existe uma idéia errônea de que a ética não pode ser adquirida. O ser humano é capaz de aprender qualquer comportamento", acredita Glaucy Bocci, da Mercer Human Resources. A ética proporciona um ambiente mais saudável nas relações, pois traz melhores resultados. As organizações têm trabalhado numa postura muito rígida. O bom exemplo no próprio ambiente de trabalho é um grande incentivo para o profissional se enquadrar nos padrões da companhia.
Criatividade zero
Anote suas idéias no papel, caso contrário elas são deixadas de lado. Adquira o hábito do questionamento - "e se eu fizesse de uma maneira diferente?". Medite, limpe a cabeça, assim novos pensamentos surgem.
"Em cursos, é possível aprender a ginástica mental, ou seja, integrar o lado direito (abstrato) ao esquerdo (concreto) do cérebro, que juntos produzem um resultado melhor", diz Arthur Diniz, sócio da Crescimentum, empresa especializada em coaching. Também com cursos é possível identificar seu tipo criativo e tirar proveito dele. Por exemplo, o aventureiro é espontâneo. Assimile seus pontos de contribuição e obstáculos e aprenda a utilizar as ferramentas mais favoráveis de acordo com o seu perfil.
Falta de iniciativa
"O eixo do conhecimento era praticamente responsabilidade da empresa. Ela é que assumia o desenvolvimento do funcionário. Nos dias de hoje é o contrário, ela cria as condições e o profissional deve ir atrás", alerta Jorge Viani. Tem um ponto fraco? Trate de correr à procura de auxílio para supri-lo. Vale tudo: cursos de especialização, pós-graduação, apelar para o coach individual ou pedir transferência de setor, no qual será possível minimizar suas deficiências. Crie as condições para se motivar. Vale a pena pesar que pode ganhar mais ou conseguir até uma promoção. As companhias esperam que seus funcionários cultivem um astral construtivo e dinâmico. Lembre-se: você é o dono da sua carreira, portanto a iniciativa deve ser sua.
Texto: Daniela Venerando
Revista UMA
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