Do Portal Exame
As lições da Depressão
As comparações entre a crise atual e a de 1929 são frequentes, mas raramente são feitas por pessoas que presenciaram os dois momentos. Três profissionais que já estavam na ativa nos anos 30 falaram à revista SmartMoney.
Irving Kahn, 103 anos, trabalhou em Wall Street como analista de ações na década de 30. Segundo ele, os investidores precisam aprender a se desfazer de algumas aplicações, mesmo que isso signifique ter um pouco de prejuízo. Sua estratégia atual consiste basicamente em procurar empresas não muito conhecidas que atuem em um segmento promissor, sejam pouco endividadas e estejam sendo negociadas abaixo do valor de seus ativos.
Seth Glickenhaus, 95 anos, era operador de títulos no banco Salomon Brothers durante a Depressão. Atualmente, é gestor do fundo Dorchester, mas, por cautela, está mantendo cerca de 30% do dinheiro dos clientes em caixa. Para ele, setores como o automotivo não retornarão ao patamar anterior.
Walter Schloss, 92 anos, é gestor do fundo de hedge Schloss. Para ele, a década de 30 ensinou o valor de aplicar em ações com alta distribuição de dividendos. A fatia anual dos lucros que Schloss recebia por ser acionista da American Telephone & Telegraph era suficiente para pagar seu aluguel. Segundo ele, os investidores devem ficar atentos aos balanços das empresas.
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