sexta-feira, 4 de maio de 2007
Lucros ainda na mão de poucos mesmo aos 50.000 pontos.
EXAME Campeã de rentabilidade nos últimos anos e recém-chegada à marca histórica dos 50 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ainda precisa vencer o desafio de tornar-se mais plural e popular. Hoje o mercado financeiro brasileiro permanece como um tabu para mulheres, pessoas de renda mais baixa e moradores de estados fora do eixo Rio-São Paulo. É verdade que o número de investidores experimentou um boom e triplicou no últimos sete anos. O total de 241 mil pessoas físicas, entretanto, representa apenas 0,13% da população brasileira. Além disso, o perfil do negociador de ações pouco tem se alterado. Segundo números da Bovespa, 75,8% dos negócios são realizados por paulistas e fluminenses – os demais 24 Estados e o Distrito Federal juntos respondem por menos de 25% do volume girado. Já os homens representam 78,4% dos investidores com ações custodiadas pela bolsa – número que tem caído menos de 1 ponto percentual ao ano. A Bovespa não tem dados sobre a renda média do investidor, mas a Itaú Corretora, uma das maiores do mercado, afirma que metade de seus clientes têm conta no Itaú Personnalité, unidade do banco voltada para pessoas com renda mensal superior a 5 mil reais.
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