54 000 pontos, a nova meta para o Índice Bovespa
A alta de mais de 2% na Bolsa de Valores de São Paulo na quarta-feira levou alguns profissionais do mercado financeiro a refazer suas contas. Nos primeiros meses do ano, a expectativa dos especialistas era de que o ìndice Bovespa chegaria, no máximo, a 52 000 pontos até dezembro de 2007. Agora, as contas dos mais otimistas são de um índice de até 54 000 pontos no fim do ano.
Essa nova avaliação, bem mais otimista, justifica-se por três razões:
1) O mundo está bem. A economia americana dá sinais de desaceleração moderada em seu ritmo de crescimento, o que permite prever quedas nos juros dos Estados Unidos. Com isso, os mercados acionários em todo o mundo batem recorde atrás de recorde, e o Brasil não é exceção.
2) O Brasil está bem. Mais investidores estão passando a acreditar que a classificação de risco do Brasil poderá subir até o nível de grau de investimento (investment grade) antes de dezembro de 2008. Alguns meses atrás, essa era uma possibilidade remota, hoje está bem mais concreta. O Brasil caminha rapidamente para tornar-se credor em dólares, com o total de reservas superando o total de dívidas, o que deve ocorrer em abril do ano que vem. Além disso, a dívida pública está sob controle. A maioria dos títulos já é prefixada, o que torna os gastos com juros mais controláveis.
Embora problemas sérios como o déficit da Previdência ainda estejam longe de uma solução, o consenso do mercado é que esse desequilíbrio nas contas não compromete a capacidade de o Brasil honrar suas dívidas, que é o que as agências de classificação de risco olham.
3) As empresas estão bem.
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