terça-feira, 26 de agosto de 2008

Estratégia da dobradinha


EXAME Montar estratégias baseadas em pares de ações pode ser um bom jeito de obter lucros na bolsa de valores em meio à turbulência que vem causando sudorese e taquicardia nos investidores. O ideal é apostar em dobradinhas de papéis com tendências opostas – enquanto um sobe, outro cai -, mas também é possível ganhar quando ambos caem ou sobem. Essa estratégia é conhecida, no mercado, como long-short, um jargão financeiro que é traduzido livremente como “comprado e vendido”. Compra-se (long) um papel com tendência de alta, e vende-se (short) outro com viés de baixa.

Em meados de junho, por exemplo, a corretora do Itaú indicou uma estratégia dessas: comprar ações preferenciais da TAM (TAMM4) e vender as preferenciais da Petrobras (PETR4). O argumento era que a TAM deveria se beneficiar com a tendência de queda do petróleo, pois seus custos com combustível seriam menores. Já a Petrobras seria prejudicada, porque é produtora de petróleo. Entre 16 de junho, quando foi recomendada, e 29 de julho, a estratégia registrava um ganho de 30%. No mesmo período, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, apresentou queda de 13,74%, de 67.285 para 58.043 pontos. “Acreditamos que esse par ainda deve gerar mais ganhos”, afirmou o banco, em relatório de 30 de julho.

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