quinta-feira, 15 de março de 2007

Gestão: Guerra por talentos


Reter empregados nos mercados emergentes é mais difícil para as grandes multinacionais do que atraí-los, especialmente na China e na Índia, onde o crescimento econômico é mais acelerado, segundo estudo da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu.

Foram entrevistados 466 executivos de setores industriais em cinco mercados emergentes: China, Índia, Sudeste Asiático, América Latina e Leste Europeu. As empresas envolvidas tinham sede em 31 países diferentes.

Na Índia, 38 por cento dos entrevistados consideraram muito difícil reter os empregados. Em segundo lugar veio a China, onde 36 por cento deram essa resposta. Nesses dois países, os empregados consideram mais difícil manter do que recrutar um trabalhador qualificado. Na opinião de 28 por cento dos entrevistados na China e de 23 por cento na Índia, é difícil contratar bons trabalhadores.

"Os custos trabalhistas para funcionários qualificados em muitos mercados emergentes estão subindo rapidamente, e os industriais agora consideram mais difícil atrair do que reter trabalhadores qualificados", disse a pesquisa.

"Na China, a expansão econômica facilitou que trabalhadores talentosos e ambiciosos saltassem para um novo emprego em troca de pequenos aumentos salariais ou de oportunidades de carreira consideradas melhores", acrescentou o relatório.

Segundo o estudo, os executivos agora consideram que o treinamento tem tanta importância quanto as compensações na hora de atrair e reter empregados.
A empresa Ingersoll-Rand disse recentemente que 10-15 por cento dos seus empregados na Índia e na China deixam seus quadros anualmente. A Ingersoll-Rand e a Honeywell International criaram escolas na Índia como forma de atrair e reter novos empregados.

No Sudeste da Ásia, 13 por cento dos entrevistados consideraram muito difícil atrair novos empregados, e 29 por cento disseram ser muito difícil retê-los. Na América Latina, essas cifras foram respectivamente de 24 e 18 por cento; no Leste Europeu, 25 e 13 por cento.

Fonte: Reuters

14/03/2007

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