sexta-feira, 6 de junho de 2008

Bolha Verde?


Há cerca de duas décadas, o oceanógrafo americano John Martin teve seu momento “eureca!”. Ele descobriu que poeira de ferro estimulava o crescimento dos plânctons, organismos aquáticos com alto poder de captar carbono na atmosfera. Naquela época, cidadãos comuns não tinham muita idéia do que representava o aquecimento global, mas Martin ganhou alguma notoriedade no meio acadêmico ao propor uma solução para o fenômeno, que hoje é tido como a maior ameaça ao planeta. “Dê-me metade de um cargueiro de ferro e eu lhe darei uma era glacial”
O mundo está em busca de soluções práticas e rápidas para o aquecimento global. Desta forma, milhões de dólares estão sendo despejados em empresas que prometem uma solução para o problema.
O índice WilderHill New Energy Global Innovation (NEX), que monitora o desempenho de cerca de 80 companhias que atuam nos mercados de energias limpas e de carbono no mundo (entre elas as brasileiras Cosan e São Martinho, do setor sucroalcooleiro), registrou alta de 57,9% no ano passado. Um desempenho muito superior ao do índice da bolsa americana Nasdaq, na qual estão listadas as principais empresas de tecnologia, e do S&P500, que reúne as 500 maiores companhias americanas. Eles cresceram 9,8% e 3,5%, respectivamente. Entre as vedetes, esteve o fabricante americano de painéis de energia solar First Solar, cujas ações se valorizaram quase 1 000% no ano passado. “Estamos falando de negócios que são, sim, concretos e promissores”, diz Michael Liebreich, presidente da New Energy Finance e um dos maiores especialistas do mundo em energias renováveis. “Só não acho que eles valham isso tudo.”

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