sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Resumo da coluna de hoje do New York Times de Paul Krugman
Resumo da coluna de hoje do New York Times de Paul Krugman
Título do artigo: Who'll stop the pain? (Quem vai interromper a dor?)
1- Começa dizendo que as coisas estão tão ruins que um resumo de uma reunião do "open market committee" (o correspondente do nosso COPOM nos Estados Unidos) pode deixar você com insônia;
2- Todos os participantes concordaram que a taxa de desemprego deve ficar bem acima da taxa histórica de longo prazo até o final de 2011, supondo-se que não haja choques negativos adicionais para a economia nesse período;
3- Alguns do comitê acreditam que serão necessários de 5 a 6 anos para que as taxas de desemprego, o crescimento da economia e as taxas de inflação voltem ao normal; (isso fica próximo da declaração do presidente do banco central europeu que disse, há alguns dias, que a recessão deve permanecer com a Europa por pelo menos mais 10 anos);
4- Ou seja, os participantes do Federal Reserve do "open market committee" estão obcecados, como o próprio Paul Krugman, pelas seguintes perguntas: o que fará essa crise terminar? Ela passará com certeza, mas quando e como?
5- Não há mais dúvidas de que essa crise é da mesma monta da crise de 1929. Da mesma forma que lá, as taxas de juros estão próximas de zero e, mesmo assim, a economia insiste em continuar mergulhando...
6- Obama está tomando medidas que são apenas paliativas para mitigar a crise e não para terminar com ela;
7- O que fez a recessão de 1929 terminar foi uma imensa guerra, a Segunda Guerra Mundial. Essa possibilidade não existe agora quando o mundo todo está experimentando a crise;
8- O fim da recessão virá, mas levará vários anos;
9- Provavelmente o melhor exemplo do que está acontecendo com a economia pode ser buscado no Pânico de 1873, uma recessão que durou cinco anos e que foi seguida por outra que chegou três anos depois;
10- Assim, é perfeitamente compreensível o pessimismo do pessoal do Federal Reserve;
11- O colunista termina reforçando a crença do colunista de que as ações do Governo Obama vão sem dúvida atenuar a dor, mas diz que continua com a pergunta que não quer calar: quem vai parar com a dor?
CONCLUSÕES MINHAS SOBRE TUDO ISSO DO PONTO DE VISTA DO BRASIL:
A crise encontrou a economia brasileira numa de suas melhores fases. Talvez, o Brasil seja hoje dos países que menos está sofrendo com a crise. Por aqui, até uma recuperação já se faz presente no ar. Mas, se os Estados Unidos e Europa ficarem muitos anos em recessão será possível aguentarmos o tranco sozinhos? Provavelmente não...
Provavelmente, em algum ponto no futuro a crise voltará a nos atingir, pois não há como crescer sozinhos em uma economia globalizada que não consegue sair da crise. O meu vizinho perdeu dois braços e duas pernas e podemos ficar felizes se só perdermos uma perna. Afinal, já dizia o ditado: em terra de cego, quem tem um olho é rei!
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