quarta-feira, 30 de julho de 2008

A neurolinguística da verdade


Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.
- Que desgraça, senhor! - exclamou o sábio. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!
- Mas que insolente, gritou o sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?!
Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.
Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho. E o outro sábio chegou e disse:
- Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!
A fisionomia do sultão se iluminou e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.
Quando este saía do palácio um cortesão perguntou ao sábio:
- Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas e você, moedas de ouro!
- Lembre-se sempre, amigo - respondeu o sábio, tudo depende da maneira de dizer as coisas ... E esse é um dos grandes desafios da humanidade. É daí que vem a felicidade ou a desgraça; a paz ou a guerra.
A verdade sempre deve ser dita, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita... é que faz a diferença. A verdade deve ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando revolta. Mas se a envolvermos numa delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com mais facilidade.

2 comentários:

almariada disse...

Olá!

Gostei muito, mesmo MUITO, desta história!

Dá para saber onde a encontrou?

almariada disse...

Olá!

Gostei muito, mesmo MUITO, desta história!

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